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Casamento de Friederich Otto Lauffer e Hulda Honória Renck na década de 1920 em Igrejinha

Casamento de Friederich Otto Lauffer e Hulda Honória Renck na década de 1920 em Igrejinha

Em foto tirada na década de 1920, está o casal Friederich Otto Lauffer e Hulda Honória Renck, cujo casamento foi realizado em 5 de maio de 1928, em Igrejinha. Abaixo, vamos descobrir um pouco não somente sobre o casal, mas também sobre suas origens e pequenos detalhes sobre seus familiares.

O “Canto dos Renck”:

O casal morava na Rua dos Renck, 53, no “Canto dos Renck”, de propriedade da família de Hulda. Segundo o Inventário do Patrimônio Histórico Arquitetônico e Artístico de Igrejinha, “Geralmente, as propriedades do Canto dos Renck possuíam em torno de 50 hectares de terras. O entorno das residências evidencia o cotidiano das famílias cuja atividade principal era a agropecuária – galinheiro, pocilga, estábulo, árvores frutíferas, horta”. Sobre o nome “Canto dos Renck”, trata-se basicamente porque o nome da rua está associado à antiga propriedade da família Renck. As terras pertenciam a cinco irmãos: Eduino Renck, Italina Renck, Elmar Renck, Fernando Renck e Jorge Renck”.

Ainda de acordo com o inventário, “aos domingos de manhã, os Renck encilhavam os cavalos, reuniam a família e iam para as celebrações religiosas na Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, localizada no centro da cidade. Por onde passavam, eram reconhecidos: “Lá vão os Renck”, diziam os moradores da cidade. De acordo com relatos dos antigos moradores, como o senhor Remi Michaelsen, a rua não segue uma linha reta porque, quando foi feita, já existiam muitas casas. As primeiras edificações foram sendo construídas nas margens de uma picada, por isso a rua possui muitas curvas para desviar dessas casas”,

A residência onde Friederich e Hulda moravam no Canto dos Renck, cuja construção remonta à década de 1940, teve como construtor Emílio Lamb. De acordo com o inventário, os moradores posteriores ao casal Lauffer, Ubaldo Moser e Iony Arend Moser, organizavam festas de Kerb na casa todos os anos, na primeira semana do mês de fevereiro. “Cerca de 30 a 40 pessoas participavam da festa que durava de 3 a 8 dias. Costumava-se servir carne de porco assada no forno de barro que existia nos fundos desta residência, galinhada, massa caseira, salada de batata, repolho, roscas, linguiça, cerveja caseira. Na parte de trás da casa existia a despensa, espaço reservado para guardar linguiça, banha de porco (eram carneados 2 a 3 porcos por ano)”.  

Próximos ao trem:

Além disso, “nas proximidades desta residência existia a Linha Férrea. O trem passava apitando e em seus vagões transportava gado. Esta passagem acabava atraindo os olhares de admiração das crianças”. As pesquisas do inventário nos contam ainda que “Outro fato que despertava atenção era o acampamento dos Ciganos. Eles promoviam festas que duravam 8 dias. Usavam roupas coloridas, dançavam músicas alegres e convidavam a todos para participarem. Ubaldo Moser era marceneiro, costumava guardar suas ferramentas no sótão da casa. Em 1982 a enchente alagou a casa, obrigando a família a se abrigar no sótão até que as águas baixassem”.

Sobre Friederich Otto Lauffer:

Quando Friedrich Otto Lauffer nasceu, em 3 de maio de 1904, na localidade de Moreira, em Gramado, seu pai, Friedolin Lauffer, tinha 26 anos e sua mãe, Delphine Eckhardt, tinha 24 anos. Ele casou-se com Hulda Honória Renck em 5 de maio de 1928, em Igrejinha.

Sobre Hulda Honória Renck:

Quando Hulda Honória Renck nasceu, em 24 de novembro de 1907, em Igrejinha, seu pai, Gustav Adolph Renck, tinha 36 anos e sua mãe, Delphina Eckardt, tinha 35 anos. Hulda faleceu por volta de 1959, com pouco mais de 50 anos de idade. Interessante citar que hoje pouco utilizado, seu nome era escolhido seguidamente, assim como Alma, Ella, Theolinda, Teckla, Katharine, Karoline, Alzira, Hedwig, Wilhelmine, etc.

Ligações familiares & raízes:

Friederich Otto Lauffer era primo sexto da minha mãe, Loiva Haag (1948-2001), cujas raízes em comum remontam aos meus heptavós Johannes Henrich Wasem (1725 – 1783) e Maria Clara Dhein (1727–1792), que residiam em Seibersbach, uma pequena localidade situada no distrito de Bad Kreuznach, na Renânia-Palatinado, que era parte do Reino da Prússia. O Reino da Prússia foi um estado importante na Europa, especialmente no século XIX. Seibersbach, como parte da Prússia, foi influenciada por diversas mudanças políticas e sociais que ocorreram ao longo dos anos, incluindo a unificação da Alemanha em 1871.

Além disso, e curiosamente, Hulda Honória Renck era prima em quinto grau da minha avó, Erna Hartz (1911 – 1980), tendo os mesmos antepassados em comum que Friederich, Johannes Henrich Wasem e Maria Clara Dhein.

Revista Diário da Ferrovia:

A Revista Diário da Ferrovia – assim como seu site e redes sociais – traz matérias sobre pessoas, lugares e acontecimentos e a história das localidades onde a VFRGS (Viação Férrea do Rio Grande do Sul) passava entre 1903 e 1964, de Hamburgo Velho até Canela. A primeira edição da revista está disponível para download ou visualização na tela através dos links abaixo:

Para fazer download, acesse:
https://bit.ly/DiárioDOWNLOAD

Para visualizar na tela, acesse:
https://bit.ly/DiárioSITE

Fontes:

ENGELMANN. Erni Guilherme. A saga dos alemães: do Hunsrück para Santa Maria do Mundo Novo. Igrejinha/RS: E.G. Engelmann, 2004. Vols 1, 2 e 3.

REINHEIMER, Dalva N; SMANIOTTO, Elaine. Inventário do Patrimônio Histórico Arquitetônico e Artístico de Igrejinha. Prefeitura Municipal de Igrejinha e FACCAT, 2009.

Family Search:
https://www.familysearch.org/tree/person/details/LX34-S18

Créditos da foto:
Acervo do Laboratório de Ensino de História e Acervo de História Regional da FACCAT

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